Cinco provas especiais na ligação do Estoril a Tomar e nada menos do que cinco vencedores diferentes! Nada melhor para espelhar o equilíbrio que se registou ao longo dos 280,51km do percurso, com algumas zonas muito traiçoeiras, dado o asfalto molhado que trouxe dificuldades acrescidas aos 79 concorrentes que largaram para a estrada.
Muito regulares ao longo do primeiro dia de prova e sendo os menos penalizados na última especial - Tomar, com 14 897 metros - Daniel Reuter/Robert Vandevorst (Porsche 914/6 de 1970) lideram a classificação no arranque para a segunda etapa , com 5,3 segundos de vantagem sobre os melhores portugueses, José Grosso/João Sismeiro (BMW 2002 Tii de 1972), os mais rápidos na especial do kartódromo do Bombarral.
A terceira posição, a 6,5 segundos do primeiro lugar, é ocupada por Luís Pereira/Carpinteiro Albino (Renault 5 Turbo de 1982) que, depois de problemas de aferição, conseguiram encontrar o rumo certo e recuperaram bastante até Tomar, o mesmo sucedendo com a dupla vencedora no ano passado, os belgas Jose Lareppe/Joseph Lambert (Opel Kadett GTE de 1978), 41ª na classificativa de abertura depois do motor se ter ido abaixo, mas que depois de ter sido a mais rápida na especial de Alvorninha (9522 metros), conseguiu também subir até ao quarto posto, a 10,4s dos líderes.
Paulo Marques/João Martins (BMW 1600 de 1969) ainda chegaram a liderar a prova depois de se terem imposto na segunda especial, no Livramento, mas perderam depois essa regularidade e caíram para a quinta posição, à frente de uns excelentes Alexandre Botelho/João Martins (Ford Escort RS 1600 de 1971) e de Cipriano Antunes/António Caldeira (Audi Quattro de 1981), que foram os primeiros comandantes do rali.
A segunda etapa corre-se entre Tomar e Viseu, numa distância de 378,09km, com 11 provas especiais, nove de regularidade absoluta e duas de regularidade por setores - Rampa do Montalto em Arganil, pelas 14h33, e Viseu (Avenida Europa), pelas 18h30 - num total de 140,42km.