O belga Jose Lareppe (Opel Kadett GTE de 1978) cimentou a sua vantagem no comando da sétima edição do Rally de Portugal Histórico depois de uma excelente atuação ao longo da terceira etapa, corrida com partida e chegada a Viseu, com 14 provas especiais de classificação.
Incluindo especiais em zonas de referência do Rally de Portugal, como Armamar, Senhora da Graça e Marão, esta fase da prova apresentou por vezes condições de piso muito difíceis para as equipas, com a chuva a surgir em diversos momentos, o que provocou alguns despistes sem consequências e que foram rapidamente resolvidos não só pela equipa da Cruz Vermelha Portuguesa que acompanha a prova como também pela assistência do Automóvel Club de Portugal, através da pronta atuação dos seus reboques.
Muito regular ao longo desta fase da prova, Lareppe conseguiu ampliar a sua vantagem no comando para 1m 09,2s, ou seja, começa a afirmar-se cada vez mais como favorito a ser o primeiro piloto a bisar na vitória absoluta no Rally de Portugal Histórico. O seu compatriota Daniel Reuter (Porsche 914/6) manteve a segunda posição, mas perdeu tempo para Lareppe e agora tem a sua tarefa muito mais complicada.
O domínio dos pilotos estrangeiros ficou reforçado depois dos melhores pilotos nacionais terem passado por momentos mais difíceis: Paulo Marques teve problemas de caixa de velocidades no BMW 1600 e atrasou-se bastante, enquanto João Vieira Borges (BMW 635 CSI de 1980) e António Mexia Leitão (Porsche 911) tiveram enganos de percurso, mais penalizador para o primeiro, pelo que Leitão acabou por assumir o lugar de melhor piloto português, ocupando a 6.ª posição da geral.
A quarta e última etapa corre-se entre Viseu e o Estoril, numa distância de 801,4km, com 15 especiais, duas das quais de regularidade por setores, numa distância de 289,73km, terminando a prova com a célebre noite de Sintra, com duas passagens pelos troços de Lagoa Azul/Peninha e Sintra.