Em termos estruturais e mesmo tratando-se de uma prova para veículos clássicos e históricos, o Rally de Portugal Histórico acaba por ser uma prova bastante complexa de colocar na estrada.
Desde logo pelo seu formato: com 2079,61km de extensão e 46 provas de classificação de regularidade, num total de 671,73km, são montados nada menos do que 427 controlos de verificação de média o que, com uma estimativa de 70 carros por especial, equivale a mais de 30 000 dados para serem tratados e validados de forma a estabelecer as classificações, o que pressupõe uma cuidada análise informática dos mesmos.
Por outro lado, os concorrentes estiveram bem apoiados no terreno: desde logo por uma equipa da Cruz Vermelha Portuguesa que percorreu todas as classificativas, com suporte médico, e que pode apoiar na hora as situações mais delicadas que surgissem, embora, e felizmente, todas as que existiram se tivessem revelado de pouca gravidade.
Em termos técnicos, a organização colocou uma viatura com elementos especializados em mecânica a passar logo a seguir ao último concorrente. À semelhança do que acontece no dia-a-dia da ação de assistência em viagem do Automóvel Club de Portugal (ACP), esta operação constituiu uma importante mais valia na deteção e resolução imediata dos problemas dos concorrentes surpreendidos com avarias. Na maioria dos casos, puderam continuar em prova; nas situações mais problemáticas, a pronta atuação dos reboques do ACP permitiu um rápido transporte para as assistências ou para locais onde as reparações pudessem ser feitas, de forma a que os concorrentes pudessem retomar o rali no dia seguinte.
Desta forma, os 79 participantes nesta edição da prova sentiram-se sempre seguros e apoiados, num serviço que foi amplamente reconhecido por todos quantos puderam dele beneficiar.