Os segredos do Rally de Portugal Histórico

07 outubro 2013

 

O Rally de Portugal Histórico, cuja primeira edição remonta a 2006, deve o seu nome não apenas ao facto de ser uma prova reservada a veículos clássicos com um historial ligado ao Rally de Portugal, mas também por se disputar em grande parte em percursos utilizados pela prova nas décadas de 70 e 80 do século passado, alguns deles já asfaltados à época, outros que foram entretanto convertidos de terra em alcatrão.
O que a maioria não sabe é o motivo que leva ao secretismo que rodeia o evento do Automóvel Club de Portugal, um dos maiores atrativos para os participantes, mas isso é algo que se explica pelo caris de regularidade da prova.
À primeira vista, o termo «regularidade» pode levar o público a menosprezar este tipo de competição por a considerar pouco interessante, mas nada podia estar mais longe da realidade. 
É certo que realizar um percurso a uma média de 50 ou 60 km/h parece ser fácil e qualquer um o pode fazer desde que... seja apenas controlado no início e no final do percurso. Mas não é isso que acontece nas 41 Provas de Regularidade Absoluta (PRA) que fazem parte do Rally Portugal Histórico. Nestes Sectores Seletivos, muitos com mais de 20 km de extensão, os pilotos têm que respeitar constantemente velocidades médias previamente definidas pela organização, por norma entre os 50 e os 60 km/h, quer seja em recta ou em curva, a subir ou a descer… 
Pense agora que o percurso é secreto até ao momento da partida, que a média horária pode variar ao longo do troço, que naturalmente os pilotos desconhecem a localização ou mesmo o número de postos de controlo instalados pela organização e chegará à conclusão que nem sempre é evidente como cumprir a média estabelecida numa sequência sinuosa com várias centenas de metros de extensão.  
O Rally de Portugal Histórico propõe um segundo tipo de classificativas, as Provas de Regularidade por Sectores (PRS), combinando regularidade e velocidade. Neste tipo de provas, realizadas em percursos fechados, não existe uma média horária imposta pela organização, cabendo aos pilotos definir a sua própria fasquia. 
Para cada equipa, o tempo realizado no primeiro sector (por exemplo, a primeira volta ao circuito) constitui o seu tempo de referência, um tempo que terá que ser igualado em cada uma das voltas seguintes. Qualquer diferença para o tempo de referência é penalizada, o mesmo acontecendo, embora com um peso mais reduzido, com o tempo total gasto pela equipa para a realização da prova. 
Trata-se, pois, de um desafio aliciante para os pilotos e navegadores, uma vez que, face ao traçado da prova, têm que definir um nível de andamento tão rápido quanto possível, mas que lhes permita fazer tempos idênticos em cada um dos sectores.
São estes dois tipos de provas que definem a classificação da prova e justificam o interesse que o Rally de Portugal Histórico desperta no nosso país e, muito especialmente, além-fronteiras, já que em cada edição 75 a 80% das equipas são estrangeiras.
Depois de os portugueses terem vencido as primeiras edições da prova, os últimos anos têm mostrado um intenso domínio das equipas belgas, verdadeiras especialistas neste tipo de competição.
Quer fazer o seu palpite para a edição 2013 de Rally de Portugal Histórico, que estará na estrada de 8 a 12 de Outubro?

O Rally de Portugal Histórico, cuja primeira edição remonta a 2006, deve o seu nome não apenas ao facto de ser uma prova reservada a veículos clássicos com um historial ligado ao Rally de Portugal, mas também por se disputar em grande parte em percursos utilizados pela prova nas décadas de 70 e 80 do século passado, alguns deles já asfaltados à época, outros que foram entretanto convertidos de terra em alcatrão.

 

O que a maioria não sabe é o motivo que leva ao secretismo que rodeia o evento do Automóvel Club de Portugal, um dos maiores atrativos para os participantes, mas isso é algo que se explica pelo cariz de regularidade da prova.

À primeira vista, o termo «regularidade» pode levar o público a menosprezar este tipo de competição por a considerar pouco interessante, mas nada podia estar mais longe da realidade. 

É certo que realizar um percurso a uma média de 50 ou 60 km/h parece ser fácil e qualquer um o pode fazer desde que... seja apenas controlado no início e no final do percurso. Mas não é isso que acontece nas 41 Provas de Regularidade Absoluta (PRA) que fazem parte do Rally Portugal Histórico. Nestes Sectores Seletivos, muitos com mais de 20 km de extensão, os pilotos têm que respeitar constantemente velocidades médias previamente definidas pela organização, por norma entre os 50 e os 60 km/h, quer seja em recta ou em curva, a subir ou a descer… 

Pense agora que o percurso é secreto até ao momento da partida, que a média horária pode variar ao longo do troço, que naturalmente os pilotos desconhecem a localização ou mesmo o número de postos de controlo instalados pela organização e chegará à conclusão que nem sempre é evidente como cumprir a média estabelecida numa sequência sinuosa com várias centenas de metros de extensão.  

O Rally de Portugal Histórico propõe um segundo tipo de classificativas, as Provas de Regularidade por Sectores (PRS), combinando regularidade e velocidade. Neste tipo de provas, realizadas em percursos fechados, não existe uma média horária imposta pela organização, cabendo aos pilotos definir a sua própria fasquia. 

Para cada equipa, o tempo realizado no primeiro sector (por exemplo, a primeira volta ao circuito) constitui o seu tempo de referência, um tempo que terá que ser igualado em cada uma das voltas seguintes. Qualquer diferença para o tempo de referência é penalizada, o mesmo acontecendo, embora com um peso mais reduzido, com o tempo total gasto pela equipa para a realização da prova. 

Trata-se, pois, de um desafio aliciante para os pilotos e navegadores, uma vez que, face ao traçado da prova, têm que definir um nível de andamento tão rápido quanto possível, mas que lhes permita fazer tempos idênticos em cada um dos sectores.

São estes dois tipos de provas que definem a classificação da prova e justificam o interesse que o Rally de Portugal Histórico desperta no nosso país e, muito especialmente, além-fronteiras, já que em cada edição 75 a 80% das equipas são estrangeiras.

Depois de os portugueses terem vencido as primeiras edições da prova, os últimos anos têm mostrado um intenso domínio das equipas belgas, verdadeiras especialistas neste tipo de competição.

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