O vencedor do Rally de Portugal Histórico do ano passado, Yves Deflandre, voltou a dar cartas nesta edição de 2017. Depois de ter assumido a liderança na manhã de quarta-feira, na segunda secção que ligou a Figueira da Foz a Arganil, o piloto do Porsche 911 de 1972 não deu qualquer hipótese aos rivais.
A controlar a vantagem conseguida desde quarta-feira, o belga passeou pelos troços do centro do País e foi aumentando ainda mais a margem de forma paulatina até chegar ao Kartódromo dos Milagres, palco da Prova de Regularidade por Sectores desta sexta-feira.
Pela frente há ainda os troços da Nazaré, Gradil, e as duplas passagens pelas classificativas da Lagoa Azul / Peninha e Sintra, mas até lá apenas uma hecatombe poderá ditar alterações na classificação geral dados os mais de 70 segundos de margem de Deflandre.
Atrás dele surge João Vieira Borges. O Campeão Nacional de Ralis de Regularidade do ano passado também tem levado a cabo uma excelente prova e na impossibilidade de atacar a vitória, tem rodado de forma tranquila e muito regular para ter já praticamente garantido o intermédio do pódio. Tal como acontece com o belga, o piloto do Porsche 911 Carrera de 1985 precisa apenas de entrar em Parque Fechado nos Jardins do Casino do Estoril para tornar oficial o resultado. É que com cerca de 80 segundos de vantagem para o terceiro, só um absoluto desastre o fará perder a segunda posição.
Mas se na frente não houve nada de novo, o mesmo não se pode dizer em relação ao mais baixo do pódio. Dominique Holvoet, do Toyota Celica GT 1600 de 1971, e Dirk van Rompuy, do Opel Ascona de 1979, envolveram em animadíssimo despique pelo terceiro posto ao longo de todo o dia de ontem, com van Rompuy a colocar muita pressão em Holvoet. E a verdade é que a estratégia acabou por dar frutos.
O piloto do Celica acabou por sofrer um acidente no Caramulo quando tentava recuperar terreno, o que se revelou fatal e permitiu a subida do piloto do Ascona à terceira posição com uns muito confortáveis 48,2 segundos de margem para o quarto, Paulo Grosso, que é o segundo melhor português com o seu Porsche 911 de 1968.