Praticamente 2.000 km depois de ter dos Jardins do Casino Estoril no dia 8 de outubro, o pelotão do Rally de Histórico regressou ao ponto de origem na madrugada deste sábado para a consagração de Philippe Fuchey.
O francês, que fez dupla com o belga Christophe Hayez aos comandos do Porsche 911 SC (1978), andou sempre de olhos postos na liderança da prova e depois dez classificativas a oscilar entre os nono e quarto postos, assumiu o comando em Arganil.
A partir daí o piloto não mais teve descanso até ao início do último dia de competição e só depois da passagem pelo Préstimo é que conseguiu começar a ganhar algum espaço para respirar.
Enquanto isso, atrás de si Michel Decremer oferecia forte luta. O belga do Opel Ascona (1981), que chegou a passar pela liderança, também andou sempre os da frente, mas ao cair do pano, antes da primeira passagem pela Lagoa Azul, teve problemas com a junta da cabeça e desistiu ainda antes da noite de Sintra.
Grande beneficiado foi Marcos Fernandez Adan. O espanhol, aos comandos de um Ford Escort (1971) e com Adolfo Gonzalez-Alumiña a navegar, começou a prova de trás para frente, mas foi subindo de forma gradual para chegar a quinto após 4ª Secção e, depois animado duelo com Paulo Grosso, entrar no pódio em Vouzela.
A partir desse momento Adan não mais deixou os três primeiros e acabou por se revelar o homem certo no local certo para conquistar o segundo posto.
Atrás deles ficou, precisamente, a dupla composta por Ricardo e Pablo Dacal. Os espnhóis do Porsche 911 SC (1979) impuseram-se a Paulo Grosso e Susana Cordeiro. Os melhores pilotos nacionais rodaram sempre entre os 15 primeiros, mas com várias oscilações e após Lamego entraram na luta pelo pódio para chegarem ao terceiro posto na Régua. Contudo, faltaram-lhes os argumentos certos para garantirem o pódio, ainda assim a dupla do Porsche 911 (1968) levou para casa o prémio de melhor formação nacional.
Hirvonen deu espetáculo em Sintra
Como não podia deixar de ser, o momento alto do Rally de Portugal Histórico foi a dupla passagem pelos troços noturnos da Lagoa Azul e Sintra que, para surpresa de todos, brindou o Rally de Portugal Histórico com uma noite de verão, sem humidade e temperaturas muito agradáveis.
Tal como no ano passado, o muito público presente ao longo dos dois troços teve ainda a oportunidade de ver rodar pilotos de renome, desta feita Ari Vatanen, com um Opel Manta 400, e Mikko Hirvonen, ao volante de um mais recente Ford Focus WRC.
A abrirem o pelotão da prova, os finlandeses levaram o público ao rubro, principalmente Hirvonen que, das duas vezes que passou pelo cruzamento que leva ao Convento dos Capuchos, fez um pião perfeito para gáudio dos fãs.
Estoril encheu-se para ver as máquinas de ralis
Já com a competição terminada, o pelotão de oito dezenas de carros rumou depois ao Circuito Estoril para se juntar a todos os participantes do Estoril Classics, com o Top 10 do Rally de Portugal Histórico a juntar-se a Vatanen, Hirvonen e Pedro Mendes Alves (Alpine A110) para o Slalom de demonstração na reta da meta do Autódromo. Um momento repleto de espetáculo e onde Hirvonen voltou a encantar.