Apesar dos resultados serem ainda provisórios, Yves Deflandre e Jennifer Hugo (Porsche 911) foram os mais fortes no XVIII Rally de Portugal Histórico, que terminou na madrugada deste sábado, em Sintra, após 1.868 quilómetros disputados em diferentes regiões do país. Piloto belga ampliou o seu recorde de triunfos na prova do Automóvel Club de Portugal, com os espanhóis Marcos Adan e Adolfo Almuiña (Peugeot 205 GTi) a subirem ao pódio no segundo lugar, na frente do francês Christophe Baillet e do belga Jean-Marc Piret (Porsche 911 SC).
Resistindo a tudo e todos, Deflandre e Hugo impuseram a sua experiência, precisão e a fiabilidade do Porsche 911 com o número 24, garantindo a terceira vitória consecutiva no Rally de Portugal Histórico e a quinta do piloto belga, que reforçou o seu recorde de triunfos no evento. Simultaneamente, esta foi a 13.ª vitória de uma versão do 911 na prova portuguesa, a 11.ª consecutiva!
“Foi uma edição muito particular, devido à meteorologia difícil, a fazer lembrar a Bélgica! As condições na estrada eram delicadas e foi preciso muita concentração em diferentes tipos de piso. Este continua a ser um dos ralis mais bonitos do mundo, mesmo sem sol!”, afirmou Deflandre, já depois da famosa ‘noite’ de Sintra, que voltou a fechar em beleza o Rally de Portugal Histórico.
De Ourense a Sintra
Os espanhóis Marcos Adan e Adolfo Almuiña assumiram-se, na etapa de ontem, como os principais perseguidores de Deflandre e Hugo, aos comandos do pequeno, mas bem preparado Peugeot 205 GTi de 1990. A dupla de Ourense conseguiu manter essa posição até ao último controlo, em Sintra.
Paulo Marques e João Martins ainda prometeram o terceiro pódio português consecutivo no evento (sucedendo a Luís Cavaco/João Serôdio e Piero dal Maso/Sancho Ramalho), mas problemas físicos do navegador do BMW 1600, já na última etapa, permitiram ao francês Christophe Baillet (vencedor da prova em 2021) terminar no pódio em Sintra, acompanhado pelo belga Jean-Marc Piret (Porsche 911 SC).
Registo ainda para a melhor equipa portuguesa, Luís Carvalho e Sancho Ramalho, que conseguiram o sexto lugar com o BMW 2002 de 1970. "As condições atmosféricas eram difíceis, mas entrámos bem e depois gerimos bem as circunstâncias. Gosto de conduzir, venho pelo desporto e espero voltar no próximo ano", disse Luís Carvalho.
Nas contas do Troféu Rally de Portugal Histórico, vitória para os franceses Eric Lataste e Daniel Trevisanut, com um dos carros mais antigos em prova, um Alfa Romeo Giulietta Sprint de 1963.